Status do jornalismo colaborativo nos grandes portais brasileiros

Foram dois meses de trabalho intenso, mas recompensador. Comecei a modelar minha dissertação, e neste caminho, graças à Beth Saad, minha orientadora, conseguimos levar parte do que será meu mestrado ao International Symposium on Online Journalism, um dos principais eventos sobre jornalismo online do mundo, que ocorreu no início de abril em Austin, Texas (EUA).

O foco de meu estudo será o jornalsmo colaborativo ou participativo levado a cabo pelos grandes portais de Internet brasileiros. Neste primeiro momento, pelo menos, não terei fôlego para abarcar iniciativas de menor alcance, mas não menor mérito, como o Overmundo, site de colaboração focado em cultura, ou o CMI (Centro de Mídia Independente), braço brasileiro do Indymedia. Interesse não falta, mas preferi me debruçar sobre as iniciativas dos gigantes de tráfego, os portais, que se não têm a missão, têm ao menos o potencial de levar algo nobre como o jornalismo colaboração e a democratização da mídia a um número maior de pessoas. A inteção foi descobrir como eles andam aplicando os conceitos de colaboração jornalística que surgiram no início da década na Ásia e nos Estados Unidos.

Já o artigo versa sobre o papel do (antigo) público no jornalismo colaborativo ou participativo destes grandes portais. E minha constatação (já esperada, mesmo assim intrigante) é que talvez não seja possível chamar o usuário que participa destas iniciativas de “cidadão repórter”. O noticiário de VC Repórter, do Terra, e VC no G1, da Globo.com, reduz esta figura a mera fonte de informação, por vários fatores que você pode descobrir lendo o artigo, ainda na versão em inglês.

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De volta ao mestrado para estudar linguagem digital

Depois de um longo período de férias (afinal, a professora da disciplina anterior decidiu encerrar as aulas em MAIO!), eis que hoje estou de volta ao banco dos alunos aqui na ECA-USP, para continuar o mestrado em Modelos de Conteúdo Colaborativo. Hoje começo a cursar a disciplina Processos Autorais em Sistemas Digitais: História, Teoria e Práxis, do professor Artur Matuck.

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O diploma me faz jornalista?

Recebi esses dias em uma das listas de que participo mais um dos e-mails, sempre em tom sindicalista-desesperado, falando da defesa do diploma para o exercício do Jornalismo. Um “manifesto à nação” da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), cuja propagação foi pedida aos jornalistas e blogueiros da lista —mas que o próprio site da Fenaj não destacava até a publicação deste post, ou se trazia era escondido demais para tanto alarde. Sou jornalista formado —mas me pergunto: foi mesmo o diploma que me fez jornalista?

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